
- Lídio Lopes questionou: os custos e o modelo jurídico entre o director do CAE (Rafael Carriço), a Câmara e a companhia de bailado Vórtice, temendo terem sido decisões precipitadas a estar na génese de tudo o que terá levado a estes acordos.
António Jorge Pedrosa, do movimento 100%, não foi mais "brando", muito pelo contrário!
- Apontando o dedo ao CAE afirmou:que o modelo de gestão que foi adoptado era de "suicídio" do ponto de vista financeiro, apesar de ser de enaltecer culturalmente.
As respostas mais "afiadas" vieram da parte do socialista Luís Castro que para abertura das hostilidades da bancada socialista refere logo de rajada:
- Que: "o festim da FGT acabou!". Salientou que a FGT no ano passado gastou 3,2 milhões de euros e teve um prejuízo de 2,7 milhões, sendo uma empresa gastadora e um caos financeiro... afirmando que a FGT deu um prejuízo de 6 milhões de euros só nos últimos 2 anos!!!
- É por isso, diz: estar mais que justificada a entrada de mais vogais para o Conselho de Administração, respectivamente António Tavares para resposta à parte cultural e Isabel Cardoso pela àrea das finanças,tendo por objectivo o alcance de determinadas metas .
- Luís Castro afirmou ainda que: A Câmara está um "caos" para não dizer um "coma financeiro!" e (em discurso directo), "vocês PSD" é que o provocaram, tendo funcionários que ganhavam 700 euros de ordenado mais 1.400 euros como complemento!!! Com esta nova gestão vai haver redução de despesas na ordem de 34% na FGT e no CAE.
Foi também falado o assunto, referente ao encerramento da Universidade Internacional, levado à discussão por intermédio da jovem deputada do PSD Ana Oliveira que referiu:
- É preocupante a situação do Ensino superior na cidade. Não são conhecidas quaiquer soluções nesta matéria , o que compromete o futuro do concelho. Perguntando ainda: qual será o futuro daquelas instalações e qual o prazo de retorno das mesmas para a tutela do município.
João Carronda (PS), apelou para que se verifiquem todas as vigarices que andaram por aquela instituição o que só prejudicou os alunos, nomeadamente no pagamento de propinas quando o fim das aulas já estava previsto.
O presidente da Câmara informou que é sua intenção não acabar com o ensino superior no nosso concelho. Mas foi dizendo: não a um pólo a "todo o custo", mas sim à qualidade e de acordo com a nossa realidade! Referiu andar já a fazer contactos junto do Instituto Politécnico de Coimbra e da Universidade de Aveiro para um pólo com várias valências. Voltando a falar na Aldeia do Mar e um Centro de Investigação a ser "encaixado" no âmbito do Ministério da Educação ou do QREN.
Uma sessão muito acesa que acabou altas horas...
Tudo espremido o que dará? Terá sido tudo devidamente acautelado?
A mim parece-me muito bem o corte nas despesas absolutamente incríveis, mas isso virá a ser uma realidade no terreno? E os espectáculos do CAE, continuarão a ter qualidade, ou aquela casa passará a ser mais uma entre as outras sem a qualidade que a distinguia?
É evidente que o despesismo e o grau de prejuízos acumulados são absolutamente demolidores, mas será que nesta nova gestão continuaremos a apreciar obras que só eram visíveis em grandes cidades como Lisboa e Porto? E a criar-se uma nova instituição de Ensino Superior, virão os novos cursos ao encontro do que os jovens mais procuram???
Ficam estas e muitas outras preocupações no ar...