quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

NOTAS SOLTAS!



Acabou o Carnaval e agora assistimos aos carnavais habituais nas televisões deste pacato país. A falta de nível dos nossos políticos é uma realidade. E digo isto porque os atropelos à verdade são absolutamente confrangedores. Vale tudo para atirar o parceiro "abaixo" nem que seja escorado em mentiras flagrantes.

De um lado o PS a explicar o que é que mudou neste O.E. 2016, do outro lado um ex-coligação, que nem deixa falar atropelando sistematicamente o seu interlocutor e, pior que isso, com falsidades.

O impossível, o grande cisma, a missão das missões que todos auguravam iria falhar, passou em Bruxelas!!!! Imaginem só... Já se fazia o funeral a António Costa, já se chamava de tudo ao O.E. 2016 e, afinal, com algumas alterações é certo... foi pacífico!?!?!?

Bruxelas aprovou, os partidos que apoiam este Governo também, vai haver devolução de rendimentos, não aumentará a carga fiscal, o imposto sobre rendimentos caiu, bem como o imposto sobre o consumo, o IVA da restauração desce como se tinha prometido, a sobretaxa reduz este ano e para o próximo acaba, haverá alteração da distribuição da carga fiscal de um modo que proteja quem menos tem, as taxas moderadoras vão sofrer cortes, etc., etc., etc.

Afinal já temos alguém que faz frente a Bruxelas e que se recusa ao papel de pau mandado. Nada mau para quem já tinha o fim anunciado...

A nossa TAP já não corre o risco de desaparecer do mapa como algumas empresas importantes que os ex-governantes fizeram desaparecer. A TAP é um orgulho nacional, é tão só a melhor transportadora aérea, com um indíce de desastres aéreos praticamente nulos. Confiável, de belíssimos profissionais, o que nos enche de orgulho.

Na saúde as "coisas" parecem não estar a correr tão bem. O O.E. para a saúde parece ser inferior do que o do ano transato e isso é INADMISSÍVEL!!!! Espero que se reverta esta situação e que possa haver um reajustamento absolutamente necessário. Mais do mesmo na saúde NÃO!

Cavaco Silva já condecorou o costureiro da Maria Cavaco Silva, agora vai com gosto condecorar os oito "amigalhaços" do anterior Governo. Isto é o que se chama deixar o lugar em beleza ou: a cereja no topo do bolo... Não se pode esperar mais!!!

Atenção à população de São Pedro e às aflições daquela gente a ver o mar invadir as suas dunas e a destruir tudo. É preciso agir quanto antes. O mar chega a ter vagas de 11 metros. A agitação marítima tem sido uma constante desde domingo, dia em que a barra foi fechada e assim se mantém ainda.

Está a ser criada uma nova associação de produtores de sal da Figueira da Foz. Em agosto já deverão estar com o processo concluido de modo a poder estar no festival do sal, no Núcleo Museológico do Sal. E que qualidade extraordinária tem o nosso sal.

O Carnaval foi molhado. Salvou-se o domingo. Mas é sempre com o coração nas mãos... Para quem gosta e continua a desafiar ZEUS é canja! E depois logo se vê se vem borrasca ou não. É que isto aqui não é um país tropical, caso não tenham notado...

Hoje as minhas NOTAS SOLTAS!

24 comentários:

  1. Pois tem toda a razão, neste país a oposição faz força para que não dê certo e para que a vida do coletivo vá pelo cano abaixo. Estamos numa fase de um bota abaixo porque houve alguém que soube negociar e está fazer diferente. A era dos lacaios a Bruxelas já lá vai. Mas há quem teime em ser lacaio e queira que as coisas corrarm mal. Acontece que esperem para ver como se faz diferente tendo em atenção as necessidades dos que mais sofrem e não engordar a pança a quem já não tem onde gastar o dinheiro. Parabéns ao PS e parabéns a si por mais um magnífico texto.

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  2. Nuno Magalhães, deputado do CDS





    Há limites para a falta de honestidade e para o oportunismo político mas essa não aprece ser a praia de Nuno Magalhães. Atribuir ao actual governo quaisquer responsabilidades no aumento ou na redução do desemprego revela uma grande falta de respeito pela inteligência dos portugueses, domínio em que o deputado do CDS é campeão.

    Só alguém pouco honesto considera que ignora que uma boa parte do último trimestre foi governado pro Passos Coelho e que durante esse período o actual governo pouco ou nada fez. Atribuir um aumento estatístico do desemprego ao novo governo mostra uma forma execrável de fazer política. Como o desemprego corresponde aos pedidos de emprego porque não concluir que os desempregados que tinha desistido de procurar emprego nos centros de desemprego voltaram a ter esperança tendo voltado a inscrever-se? É uma hipótese, não acha Nuno?

    «Nuno Magalhães, do CDS, comentou ao final desta manhã, à saída da conferência de líderes parlamentares na Assembleia da República, os números do desemprego divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

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  3. O Ministro Tiago Brandão Rodriguesconsiderou que o modelo de avaliação, implementado pelo anterior governo, era prejudicial aos alunos. Mais, afirmou que o novo moelo teria o apoio dos professores e das escolas. É agora desmentido com o parecer do Conselho das Escolas. A opinião das Escolas é contundente: "as provas finais - porque contam para a avaliação final dos alunos - introduzem maior exigência no sistema educativo, mobilizam e corresponsabilizam todos os agentes escolares." É o descrédito total deste novo Ministro. Porque não reverte desde já o que fez? É que ainda está a tempo...

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  4. Meu caro das 10.44 esqueceu-se de dizer ---parabéns ao PS e ao PCP E Bloco pois se não fossem eles o PS tinha metido a viola no saco.
    É bom que não se esqueça pois para a história fica que o PS só é governo graças ao apoio do PCP e Bloco.

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  5. Simplesmente extraordinário!

    Nada mais apropriado a responder ao lúcido repto de Rui Moreira, pCMP, sobre o abandono premonitado do aeroporto do norte pela TAP visando alavancar soluções adormecidas de criação de um novo aeroporto perto de Lisboa, criação duma ponte e outras fantasias socráticas, do que atribuir um nome ao aeroporto da Portela, o de Humberto Delgado, com carga política que não lembra ao diacho. Já cá faltava!!

    Mas Costa é tão —— (preencher a gosto), que nem foi capaz de se lembrar do que Mariano Gago, que ele supostamente apreciaria, havia escrito sobre este assunto: de que haveria de chamar-se Aeroporto Gago Coutinho... E com toda a razão.

    Terá pedido consentimento ao CC do PCP, tão admirador, como se sabe, do general sem medo?... Ou tudo foi decidido em horas, para «distrair o pagode»? Pois não se vê motivo para tal anúncio num momento destes, num momento tão grave como este.

    Enquanto isso o PM está caladinho sobre o assunto TAP e Porto, levado às televisões por «um amigo».

    As amizades de AC são o que são. Melhor dizendo: AC é o que é.

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  6. Rui Rio





    Agora que o PSD está na oposição e sem ter a intenção de se candidatar à sua liderança eis que Rui Rio descobre que era conveniente que o seu partido andasse um poucochinho para a esquerda, isto é, quando se está no poder adopta-se um programa bem à direita, na hora na oposição dá jeito andar um poucohinho.
    a esquerda.

    «Não é a esquerda da direita de Marcelo, mas “a direita da esquerda” de Rui Rio. Em entrevista à RTP, o ex-presidente da Câmara do Porto reconheceu que “gostaria de ver o PSD flectir um bocadinho mais à esquerda ou mais para o centro”, depois de quatro anos em que, entre algumas opções ideológicas, não houve grande espaço de manobra para colocar em prática uma verdadeira linha social-democrata. Quanto à continuidade de Passos, poucas dúvidas: é, nesta altura, quase um “formalismo que tem de ser cumprido”, diz Rio.

    O antigo autarca, que durante algum tempo foi visto como possível alternativa a Passos na liderança do partido, garante que ainda não sabe se vai ao congresso social-democrata, onde alguns dos opositores internos já prometeram dizer o que pensam sobre o atual momento do partido. Ora, Rui Rio descarta essa hipótese: “Se for [ao congresso] não é para dar nenhum recado a ninguém e se não for também não. Essa é uma não-questão”.


    Ainda assim, o portuense não deixou de fazer algumas observações sobre o caminho que o partido deve tomar e deixou uma sugestão: a “separação óbvia” em relação ao CDS “pode ajudar a clarificar essas águas” e devolver, de vez, o partido ao centro.»

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  7. 1.“ Gosta mais da versão inicial do Orçamento, mas prefiro estar na zona Euro”: esta declaração foi esta semana produzida, "ipsis verbis", pelo PM…
    2.Uma declaração nestes termos equivale a confessar, de forma iniludivel, que a primeira versão do OE/2016 – a do decantado PPO – a ser levada por diante colocaria em risco a permanência do País na zona Euro.
    3.Esta confissão pode ainda ser tomada por um acto de reconhecimento a Bruxelas por, ao não aceitar o referido PPO, impondo-lhe alterações drásticas, ter evitado que o País iniciasse um percurso de debacle financeira – o que contraria todas as teses segundo as quais Bruxelas nos terá tratado de forma pouco “amicale”…
    4.Mas esta confissão também é reveladora da falta de cuidado – chamemos-lhe amadorismo, com alguma doçura – com que o tema do OE72016 foi abordado, ao ponto de o próprio PM vir reconhecer que, a ser adoptada a versão que mais apreciava, poderia ter sido colocada em risco a permanência do País no Euro.
    5.Todavia, o facto de o mesmo PM ter hoje afirmado “Fomos obrigados a aumentar impostos” também não se torna de fácil entendimento: a final, queria ou não queria ficar no Euro? Ou preferiria, como dizem os ingleses, “have your cake and eat it”?
    6.Uma nota de curiosidade: o facto destas afirmações terem passado quase sem análise crítica na universalidade dos nossos estimados “media”, diz bem do estado de apatia, conformismo e acriticidade a que se está chegando, mais uma vez…

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  8. O que temos em Portugal são ARAUTOS DA DESGRAÇA, aqueles que querem quanto PIOR MELHOR!!!!! Esses mesmos portugueses???????? Ou aterraram aqui por engano!?!? ESTÃO A AJUDAR OS MERCADOS E OS VAMPIROS DE BRUXELAS. VEJA-SE ESTE ARTIGO QUE DIZ TUDO!!!!!!!

    CITAÇÃO:
    Os mercados adoram o ruído político
    Ontem 00:05 Hugo Bragança Monteiro
    Os políticos europeus continuam a fazer de conta que não sabem que o que dizem tem sempre – para o bem e para o mal – impacto nos mercados.

    A periferia da zona euro acordou para essa realidade em 2016 e com maior intensidade esta semana. E Portugal? Não quis ficar para trás e os políticos voltaram à carga. Com o Orçamento para este ano em cima da mesa, Jeroen Dijsselbloem garantiu que “Portugal tem de estar preparado para mais medidas”. Wolfgang Schäuble juntou-se ao coro para dizer que o país pode “perturbar” os mercados “se inverter o caminho”.

    A resposta do governo, na voz do primeiro-ministro, veio com uma garantia: “Vamos fazer tudo para evitar riscos orçamentais”. E enquanto os senhores falavam, o mercado ia navegando à vontade, com os juros sobre a dívida portuguesa a dez anos a ultrapassar os 4,5% e os ‘spreads’ face às dívidas italiana, espanhola e alemã a baterem máximos de dois e três anos. Vão falando...
    FIM DE CITAÇÃO. Precisamos de inimigos? NÃO! Eles estão cá dentro!!!!!!!!!!!

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  9. Da visita ao Luxemburgo, o Presidente da Câmara e o seu inseparável acessor (para as tainadas e mal dizer), para além de umas comezainas e uns bons copos. o que é que vem de lá? Espero que seja divulgado. Pelo menos assim ficamos a saber para ver se é diferente das outras viagens a vários Países e que até agora se resumem a projetps para o coreto. Entretanto o dinheirinho lá vai andando, enqyanto o SBUA continua a aguardar pelos trocados prometidos.

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  10. E com este carnaval lá foram mais umas dezenas de milhares de euros para o aterro. E o SBUA e outras Coletividades à míngua.

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  11. O pobre do cidadão ouve e vê Mário Centeno -- as previsões fantasiosas em que se sustenta, as certezas que afinal revê, os erros em cascata a que apõe sucessivas erratas, a ligeireza com que diz, contradiz, e se deixa contradizer -- e, perplexo, interroga-se sobre qual é o dito que melhor se ajusta ao personagem: doesn`t have a clue? Il dit n`importe quoi? O rosto é o espelho da alma? Ou, como sugeriu certeiramente Miguel Morgado selon Groucho Marx, estes são os meus valores, se não gostarem, tenho outros?

    Não sei. Talvez uma soma disso tudo.

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  12. Ainda que mal pergunte

    Porque é que a autarquia do Porto não se candidatou à compra da TAP, assim podia ter voovos desde o Porto para todos os destinos, incluindo Vila Nova de Gaia, e a defesa dos interesses da capital do norte seria assegurada pelos autarcas da região que seriam presidentes da empresa em regime de rotatividade.

    E já que a autarquia do Porto não comprou a TAP quem manda nesta empresa é um tal Fernando Pinto, de que o Coelhone se orgulha muito de ter sido uma escolha sua, este senhor quer decidir tudo o que respeita a aviação em Portugal, desde a gestão da TAP à construção de aeroportos e no entretanto vai afundando a empresa em negócios duvidosos no Brasil.

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  13. Vai haver eleições internas no PS e não vejo lavar de roupa suja aqui, porque será?
    Será só por haver um candidato?
    Será por as pessoas,(Socialistas), andarem desinteressados da política?
    Será porque os tachos e panelas são sempre para os mesmos e os outros terem desistido de participar na vida ativa do partido?

    Enfim, acho mesmo que cada vez mais até os militantes partidários vão abandonando a política de uma forma envergonhada e subtilmente...

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  14. Um pensamento....

    Se os parvos tivessem asas e voassem, deixava-mos de ver o sol e o planeta Terra arrefecia até ser irradiado do sistema solar.

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  15. A margem de sucesso deste governo é tão estreita que a sua saída passa por uma única coisa a competência. Competência na produção das leis, competência no discurso político, competência na comunicação, competência na execução das políticas, competência em tudo, até na forma como os governantes se apresentam e falam em público.




    Competência na forma como se elaboram os documentos governamentais a começar por essa trave mestra da política de um governo que é o Orçamento de Estado. Um OE que não contenha erros, que não apresente dúvidas, que seja claro nos seus objectivos, que seja rigoroso nas suas projecções, que seja transparente nas conclusões e avaliações e claro nos objectivos de política económica.




    Competência na comunicação evitando-se discursos de taberneiro, com políticos e governantes que respeitem a inteligência dos portugueses e não julguem que por terem chegado aos cargos governamentais se tornaram nuns génios da comunicação. Competência na forma como falam, nos temas que escolhem e sobre os quais falam, na forma como se vestem, nos trejeitos que usam quando falam.



    Competência na execução porque instrumentos como OE valem muito mais pela forma mais ou menos rigorosa e competente com que são executados do que pela bondade das despesas decididas ou das despesas previstas. Competência na elaboração dos diplomas, que não contenham erros e que seja de fácil interpretação e execução, para que a sua eficácia não se perca no meio dos recursos a tribunal.



    Competência na gestão do Estado, dando orientações inovadoras aos serviços em vez de transformar os seus projectos em obras de regime, competência no desenvolvimento de soluções eficazes que poupem recursos ao mesmo temo que promovem a qualidade e excelência.



    Num contexto político interno complexo e com as incertezas que resultam de um quadro internacional económico, político e financeiro de grande incerteza e com muitos riscos no horizonte desde a situação económica da China ao preço do petróleo, da situação explosiva na Síria até à incerteza económica dos BRIC, não esquecendo a situação de crise interna de uma EU sem direcção e a braços com uma grave crise de refugiados, a solução passa por uma aposta na competência, a alta de recursos deve dar lugar à inteligência.



    Gostaria de ver mais competência do que aquela que estou vendo. E mais não digo.

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  16. Carlos Costa





    Depois do que António Costa disse sobre a forma como o BdP tem tratado os lesados do BES é de estranhar que o seu governador ainda não tenha apresentado o pedido de demissão, parece que está agarrado ao lugar como uma lapa.

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  17. É curioso como, a respeito do hediondo filicídio da praia de Caxias, na desesperada busca de explicações simplistas e bodes expiatórios que aliviem consciências, de forma acrítica o Estado surja explicita ou implicitamente, como panaceia para todos males deste mundo e do outro. Ora acontece que Estado assim idealizado está condenado a um rotundo fracasso porque falhará sempre nas desmedidas obrigações e expectativas nele depositadas, por mais recursos legislativos, humanos e materiais que lhe sejam concedidos. Além das mais obscuras perversões humanas serem muitas vezes insondáveis, apenas uma rede social muito fina pode valer na prevenção destes fenómenos. Ou seja, só com a estreita sobreposição dos vários mosaicos de comunidades bem coesas, começando pela família natural e passando pelas empresas, associações, clubes e paróquias, é possível uma rede de afectos em relação para uma profilaxia mais eficaz e responsabilizadora. Toda uma diversidade de organismos cuja devastação o Estado vem promovendo metodicamente ao longo das últimas décadas. Um Estado que se quis no lugar da religião e no lugar das pessoas que infantiliza, para delas se alimentar e auto-justificar.


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  18. Uma insigne comitiva, onde pontificavam António Costa, 1º Ministro, e João Soares, Minisro da Cultura, esteve no Festival de Cinema em Berlim a assistir à exibição do filme português, Cartas de Guerra.

    Se Portugal, onde grande parte dos filmes só é vista por críticos de cinema, jornalistas, familiares e amigos (filmes ainda por cima subsidiados), envia uma comitiva composta pelo Primeiro-Ministro e pelo Ministro da Cultura a um Festival, a cerimónia dos Óscares deveria ter toda a Administração Publica americana, liderada pelo Presidente, mais o Senado e a Câmara dos Representantes.

    Ah, parece que mais nenhum 1º Ministro se deslocou ao evento. Gente com dinheiro e sem cultura!...

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  19. Luís Montenegro, peão de brega do primeiro-ministro no exílio





    Enquanto passos Coelho foi para Bruxelas desempenhar o seu papel de primeiro-ministro exilado em Massamá, por cá o seu líder parlamentar pratica o desporto preferido da direita, agendar eleições antecipadas. Os palpites são tanto que não admiraria que Montenegro sugerisse a Santana Lopes um novo jogo da Santa casa, o Placard Eleitoral.

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  20. A hipocrisia não paga imposto

    Como aprendemos nos últimos anos é mais fácil usar o OE para promover a in justiça social do que para a devolver, quando cortaram os vencimentos era uma medida para um ano destinada a compensar um desvio global, passados quatro anos há quem agora se esqueça do que foi dito e feito falando agora de um aumento dos funcionários.

    É por isso que o debate sobre se este governo aumentou ou não os impostos é pura hipocrisia. Aplicar uma sobretaxa ao IRS para retirar 3% dos rendimentos dos trabalhadores por conta de outrem que pagam IRS é um imposto. Mas tirar 30% do rendimento aos trabalhadores por conta de outrem que trabalham para o Estado já não é um imposto, é reduzir a despesa.

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  21. OS CARLOS E OS COSTAS




    Lê-se aqui que o Banco de Portugal aceita falar de papel comercial (emitido por sociedades do grupo GES) com o Governo e a CMVM.




    Aceita? O que significa, neste caso, aceitar?

    Conhecendo-se as divergências publicamente evidenciadas entre os srs. Carlos Costa e Carlos Tavares, a propósito de vários assuntos sensíveis que exigiam deles discrição, bom senso e consenso, não admira os termos tardios e em tons ressabiados com que o sr. Carlos Costa anunciou hoje aceitar falar com quem já devia ter falado há muito tempo, e não apenas no dia seguinte a ter ouvido da parte do sr. António Costa mais uma reprimenda inoportunamente pública.

    Até agora, e também quanto a esta questão, portaram-se todos mal.
    Porque nenhum deles tinha o direito de emitir publicamente opiniões sobre um assunto que requeria a máxima reserva estando em causa valores de dimensões consideráveis que, em última instância, poderão vir a ser apresentados aos contribuintes para pagamento.

    Ninguém ignora que o sr. António Costa é crítico da forma como o sr. Carlos Costa tem abordado os dossiers escaldantes que circunstâncias perversas lhe colocaram nas mãos, agravadas por outras, não menos perversas, que ele mesmo criou ou permitiu criar. Aliás, e neste ponto a razão está do lado do sr. António Costa, a recondução do sr. Carlos Costa, pelo governo do sr. Passos Coelho, deveria ter merecido o acordo do então candidato a primeiro-ministro. Como não foi, e o sr. Carlos Costa já vinha de asa derrubada, o sr. António Costa desanca agora no sr. Carlos Costa para agradar a gregos (os "lesados do GES") encontrando-se distraídos os troianos (os contribuintes).

    O sr. Carlos Costa meteu-se em apertos quando disse publicamente o que não devia e está bloqueado de um lado entre as regras do BCE, que atribuem à entidade emitente das obrigações as responsabilidades pelo seu pagamento, e a ameaça dos credores institucionais, e, do outro pela pressão demagógica interna sustentada pelos políticos de serviço e pelo presidente com mandato expirado da CMVM.

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  22. O Bloco de Esquerda apresentou um voto de condenação da "repressão em Angola" que foi rejeitado por PCP, PSD e CDS, mas que contou com a abstenção do PS. Confesso que esta abstenção -- uma tentativa aparente de agradar a gregos e a troianos em simultâneo -- me surpreendeu, na medida em que esperava da parte do PS o envio de um sinal para Luanda de que a tradicional desconfiança entre MPLA e PS eram águas do passado, aliás em linha com o Governo de José Sócrates.

    Ora, esta abstenção significa que as relações entre António Costa e José Eduardo dos Santos vão começar com o pé esquerdo. O facto de ser Cabo Verde o primeiro PALOP a quem Costa vai efectuar uma visita reforça mais ainda a percepção de mau começo nas relações luso-angolanas.

    A ser assim, Augusto Santos Silva vai ter muito trabalho pela frente. Não basta dizer que a política externa portuguesa mantém as suas principais linhas condutoras. As palavras têm de ser acompanhadas por actos e, neste momento, há espaço para mal entendidos entre Lisboa e Luanda. Existe sintonia entre Costa e Santos Silva quanto ao lugar de Angola na hierarquia de prioridades da diplomacia portuguesa?

    É certo que no plano económico as relações bilaterais têm perdido fulgor nos dois sentidos. Desse ponto de vista, Angola é hoje menos importante para Portugal, o que nem tem de ser forçosamente negativo. Em todo o caso, Angola é ainda um parceiro económico da maior importância.

    Regresso ao início: a abstenção do PS só teve sentido se obedeceu a uma estratégia de médio ou longo prazo, no sentido de reposicionar Portugal na questão dos direitos humanos em Angola. Se assim foi, era relevante saber com que cenário está o PS a trabalhar e também porque entende que era necessário esse reposicionamento. Na verdade, julgo que a decisão não terá obedecido a uma estratégia. Se houve uma terá sido de política e de equilíbrio internos.

    Augusto Santos Silva tem neste voto uma batata quente para resolver. Pior ainda se Luanda quiser fazer deste caso uma questão política de primeiro plano.

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  23. Até aqui não se pode afirmar que Costa não tivesse tido sucesso nas negociações internas. Apesar da soberba peralvilha das raparigas do Bloco e do compromisso "patriótico e de esquerda" do PC, a verdade é que o governo em funções é aquele que Costa quis, as pessoas que ele quis e os lugares dependentes do governo para as pessoas que o PS quer. Nem mais nem menos. Para recorrer a linguagem da história diplomática, Costa garantiu a sua soberania na ordem interna. Falta-lhe agora demonstrar que também a assegura na ordem externa sem beliscar a que decorre dos papéis assinados à sua esquerda. O embate das propostas orçamentais com Bruxelas serve parta testar as capacidades negociadoras, ou seja, políticas de Costa com os donos do Tratado Orçamental. Não creio que seja útil para o país - independentemente de se criticar o exercício e, mesmo, de o rejeitar na altura adequada no parlamento - aplaudir de fora para dentro, ou de dentro para fora, a "Europa" contra o governo. Uma coisa é deixar Costa e os seus aliados, como aliás ele reclamou, sozinhos defenderem a sua dama. Outra bem diferente é dizer mal da dama diante de terceiros. O palco é todo do negociador.

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  24. Este Alpeida, julga que está no Congo, Senegal ou Cuba!
    Não se justifique do que não foi feito, mas por si lançado. O Paço de Maiorca, desagua nas mãos do falecido Silva por sua causa.
    A ideia foi sempre aquela, correu mal!!!

    Fica-lhe muito mal a negação, e ainda consigo recordar 2013! Conseguiu incinerar o PSD, com o pior resultado que há memória, Conseguiu perpetuar-se na politica, mesmo que tenha colocar em causa tudo o que diz respeito ao PPD.

    O senhor é muito parecido com o Primeiro Ministro Costa, vale tudo para ficar no poder. EPA, mas no seu caso serve para quê? Para se apresentar como Vereador em Lisboa e afins? Tenha vergonha, assuma o estado em que deixou o município, e sobretudo as suas derrotas na política!

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