sábado, 14 de julho de 2012

O SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE, OS MÉDICOS E OS DOENTES...








O país está doente, os doentes estão cada vez mais doentes e os médicos estão a ficar doentes...

E porquê, perguntam? Porque este governo decidiu que também podia cortar na saúde, podia contratar precáriamente pessoal a preços de saldo, cortar na isenção de taxas aos dadores de sangue (correndo agora o risco de ter que comprar sangue), estão lembrados dos lotes de sangue contaminado no tempo de Dra. Leonor Beleza, não estão? Ratear nos exames de diagnóstico evitando o mais possível que os médicos os solicitem ao doente, faltando com material hospitalar mas de uma maneira que confrange quando tomamos conhecimento de que muitos dos medicamentos utilizados para tratar, por exemplo, acamados têm que ser comprados por estes...
E mais uma série de barbaridades que são inconcebíveis... 

Os transportes de doentes que até aqui eram gratuitos para pessoas carenciadas está comprometido.

As taxas moderadores não são acessíveis a todos os bolsos.

As filas de espera nos hospitais podem ir até 2, 3 , 4 horas sem critérios verdadeiramente aceitáveis e justos.

O atendimento está cada vez pior... Ou anda tudo muito afetado, muito nervoso, ou então não sei o que pensar quando assisto à arrogância de certo pessoal médico e de enfermagem (não são todos) felizmente,  na maneira como tratam e lidam com os doentes.

O humanismo, a gentileza, a caridade, o juramento de Hipócrates estão a ficar muito para trás e a faltar em muitas das consultas que são feitas aos doentes...

O tempo é de crise, eu sei, mas a saúde é um dos temas que necessita de mais sensibilidade, mais cuidado nos cortes, mais critérios onde quem não sofra com mau atendimento e perigo para a sua saúde seja o doente. O doente deve estar sempre em primeiro lugar.
Não é porque os senhores governantes, os senhores deputados, os ricos têm dinheiro para se tratar nas mais credenciadas instituições de saúde, com todas as mordomias, que se vão esquecer que o comum dos mortais só tem uma saída possível...

Entretanto os médicos realizaram a maior manifestação de que há memória na classe. Dizem ter sido para salvar o Serviço Nacional de Saúde e nós vamos acreditar nestas boas intenções... Esperemos não sair defraudados e não vir a verificar que apenas estão a olhar para o umbigo deles...

O Dr. Manuel António foi reconduzido na presidência do IPO de Coimbra. Parece ter estado a fazer um bom serviço, ao que sei, mas fica-me a dúvida quando se fala em poupanças...

Por cá o Dr. Adriano Rodrigues presidente do Hospital Distrital da Figueira da Foz, promete desenvolvimento e blá, blá, blá, blá. 
As melhorias não são visíveis, muito pelo contrário o pessoal anda cada vez mais arrogante no atendimento nas urgências. O serviço domiciliário a doentes acamados com feridas está a ser cortado.

E´assim com o SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE, OS MÉDICOS E OS DOENTES...

14 comentários:

  1. Olhe, só lhe posso dizer o seguinte: PARABÉNS! Você escreve bem, assuntos atuais, com interesse para todos e é bastante pertinente e acutilante naquilo que escreve. Posso dizer-lhe que venho aqui todos os dias espreitar, várias vezes ao dia. Ainda há pouco aqui vim e vi que não tinha nada novo. E voltei e você tinha acabado de colocar este post espetacular e que foca um assunto que me interessa sobremaneira.
    Aproveito para dizer ao senhor administrador do nosso hospital da Figueira da Foz que é muito feio não responder a uma carta registada e com aviso de recepção que lhe enderecei, dentro do maior respeito e rigor pelo que aconteceu a um familiar meu... A RESPOSTA zero, zerinho, foi quase há um mês e não se dignou responder-me. Costuma dizer-se que o exemplo vem de cima não é????
    Não esperava, minimamente esta atitude de uma pessoa com as responsabilidades que ele tem. Toda a carta merece resposta, nomeadamente o assunto que foca que é de extrema importância.
    Ainda tenho esperança de que ele venha ao blogue e se digne ler o que escrevo e dar-me uma resposta...

    MI

    ResponderEliminar
  2. Ah pois é. Há falta de enfermeiros nos hospitais, no entanto...

    ATUALIDADE
    Enfermeiros emigram porque não recebem "condições mínimas"
    Ordem revela que todos os dias há 10 enfermeiros portugueses a encontrarem emprego no estrangeiro. Este ano já foram "exportados" mais de mil, "porque, infelizmente, não lhes são oferecidas condições mínimas para se manterem em Portugal".

    ResponderEliminar
  3. Médicos e enfermeiros ponderam avançar com uma greve em conjunto caso o ministro da Saúde, Paulo Macedo, continue com o "extermínio" do Serviço Nacional de Saúde (SNS). No primeiro de dois dias de greve, mais de três mil médicos foram para a porta do Ministério da Saúde, em Lisboa, vestidos de bata branca, contestar a contratação 'low cost'.

    ResponderEliminar
  4. UM GRANDE ABRAÇO DE PARABENS MUITO BEM GOSTEI MUITO

    ResponderEliminar
  5. Olhe muitos parabéns pelo seu artigo. Parece que as pessoas só se interessam por falar em tricas políticas e quando aparece um artigo destes e de outros que o Sr. já tem publicado e muito bem, ninguém se interessa nem ninguém participa, pelo menos em numero idêntico aos outros artigos políticos.
    Eu pergunto, será que está tudo de boa saúde? não há doentes neste país, ninguém tem razão de queixa do atendimento nos Centros de Saúde e nos Hospitais, nunca ninguém foi maltratado, teve diagnósticos errados, ou teve que esperar e desesperar por uma consulta ou intervenção cirúrgica? Não? Então estão todos de parabéns é um país de gente com saúde que dá para dar e vender. Pois eu não tenho montes de problemas sempre que vou ao hospital da Figueira, a triagem é para rir, muitas vezes casos urgentes são relegados e casos ligeiros são considerados urgentes. Para não falar no tempo de espera. Olhem não que uma senhora idosa foi para as urgências com uma infeção urinária eram 19,30, e os familiares esperaram por notícias sem jantar nem nada até ás 10,30. Quando acharam demais falaram com o segurança que os levou à médica para saber da familiar, disse-lhe que fossem jantar e voltassem. Assim fizeram. Foram ao Jumbo engolir uma sopa e voltaram para o hospital preocupadíssimos já que a familiar estava com febres altas, algaliada, cega, com insuficiência cardíaca e renal e julgavam que as notícias não fossem muito boas. Quando lá chegaram era quase meia noite. Qual é o espanto quando a médica de serviço às urgências, que nem vou dizer o nome, lhes disse que chamassem uma ambulância que a senhora estava estabilizada e ia para casa!!!!!!!!!!
    Depois por pedido de familiar para que ficasse ao menos em observação essa noite, porque estava frio e eram aquelas horas e que a senhora, mal como estava ainda apanhava uma pneumonia. O enfermeiro, bastante simpático tb foi dessa opinião e então a senhora lá conseguiu ficar mas para a irem buscar logo às 09.30/10.00 horas da manhã...
    Veja-se a sensibilidade, o cuidado, a noção de certos profissionais...

    ResponderEliminar
  6. O k eu gostei hoje foi dod apupos ao passito,deve e é obrigação nossa ser todos os dias estou mortinho por estar perto dele entãqo é k vai ser

    ResponderEliminar
  7. Tem que entender que é uma área em que os parâmetros normais de relacionamento estão alterados. Lembra-se quando visitava um doente no hospital e tinha que pagar uma senha? Quando o cidadão dá entrada num hospital é despojado da sua identidade e passa a ser um diagnóstico. Nos últimos anos tem sido feito um trabalho no sentido de mudar esta maneira de estar e pensar (humanizando!), no entanto, com as restrições e nomeadamente na área de enfermagem está a haver um retrocesso. Se tem dinheiro e amigos na Saúde não tem problemas, se não tem uma coisa nem outra...
    O que interessa são os números.

    ResponderEliminar
  8. Parabéns pelo artigo, mas as pessoas só gostam mesmo é de outras conversas da "treta". Tudo que é sério e rigoroso não interessa discutir... Os problemas da saúde se calhar não toca a todos mais tarde ou mais cedo. Comportam-se como se estivessem muito felizes com o atendimento que Têm nos Centros de Saúde e nos Hospitais (que é péssimo). Então porque não debater este assunto tão importante, porque não dizer aqui o que vai mal. Somos ou não somos todos doentes em potencial???
    Tem aqui poucas postagens mas de muito interesse. Este ultimo foi fantástico. Infelizmente as pessoas são estatistícas, são números e pelos vistos salvar JÁ NÃO É O MAIS IMPORTANTE!
    Acresce que levei a minha pobre e velhinha mãe ao hospital no dia da greve. Ia cheia de febre, com vómitos, algaliada. Foi vista e como já não apresentava febre (pudera com medicamento na veia fortíssimo...) e mandaram-na para casa. Chegada a casa logo ao outro dia, retomou a febre e os vómitos. Deixei passar mais dois dias e hoje estava com febre altíssima e com um som esquisito na respiração. Voltou ao hospital para o SO logo de manhã.
    Liguei agora para saber dela. Fizeram-lhe o mesmo e vão mandá-la embora outra vez à hora do jantar!!!!
    E assim anda em "bolandas" uma velhinha cega, com 93 anos, com infecção urinária multi resistente, algaliada e que tinha 39, 2 de febre...
    É assim, umas horas, remédio na veia para "mascarar" e casa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Assim vai este país, Assim vão os serviços de SAÚDE!?!?!?!?

    ResponderEliminar
  9. Temos que entender que há excelentes profissionais de saúde a trabalhar tanto nos hospitais como nos centros de saúde, mas, confrontados com restrições a todos os níveis a qualidade é que sofre. Porque é que raramente se fala na taxa de infecção hospitalar? É de difícil entendimento para o comum do cidadão, mas é um dos indicadores de qualidade mais importante na saúde. Será que aumentou substancialmente neste último ano? E como é que vai no nosso hospital?

    ResponderEliminar
  10. Muito pertinente o post das 18:24. Eu também gostava muito de saber disso das infecções hospitalares que ceifam imensas vidas de quem tem as defesas em baixo. Quanto ao pessoal bom que ainda existe nos hospitais e nos centros de saúde, até acredito, mas vai-se vendo cada vez menos. É a própria classe que tem que reivindicar condições para poder exercer a sua missão que é salvar vidas humanas. Não se concebe que andem a brincar com os doentes. É imoral e ignóbil. Cortem mas nunca nos cuidados de saúde que os cidadãos merecem e têm direito.

    ResponderEliminar
  11. Isto tudo está a bater no fundo! Descer mais baixo não é possível. Agora um idoso doente, com perto de 40 graus de febre, respiração alterada (chamada farfalheira), com vómitos, é chamado o 112, vai para o hospital da Figueira e é-lhe ministrado antibiotico na veio dizendo que é uma infecção urinária. Vem para casa, está bem 3 dias e volta com os mesmos sintomas que se devem ao facto do antibiótico não estar a fazer efeito (opinião de uma enfermeira com 30 anos de carreira), entretanto aposentada. Novamente é assistida tendo entrado perto das sete horas da noite, fica umas horas e preparam-se para lhe dar alta perto da meia-noite com um frio e um vento incríveis. Os familiares pediram se podia ser na manhã seguinte por causa da hora e do frio que a velhinha ia apanhar. Assim acederam e mandaram-na para casa com o mesmo antibiótico só que desta vez o genérico... Este cerca de três dias menos mal, com febre baixa mas ao 3º dia ficou com perto de 40 graus e a tal respiração e falta de ar. Volta ao hospital ontem de manhã. Para já o enfermeiro que atendeu a senhora riu-se ao vê-la(vimos através do vidro) e colocou-a a um canto. Quando finalmente chamaram o familiar para dizer das queixas, lá explicar e a senhora lá ficou internada, mas com prognóstico de que viria para casa. Era 1 hora da tarde e os familiares de nada sabiam. Com fome nervosos pediram para dizer à médica que iam almoçar. Esta disse que sim mas que voltassem à tarde. Voltámos à tarde e afinal ela não estava assim tão bem e ficou para hoje, que fôssemos de manhã para chamar a ambulância. esperamos toda a manhã e por fim diz ao segurança que só dá notícias ao meio-dia. Passou o meio-dia era já mais da uma hora da tarde, pedimos novamente para ir almoçar e voltar depois de almoço, sem sabermos nada da doente!!!!!! Voltámos cerca das 14,30 e esperámos por ser atendidos pela médica o que só veio a acontecer por volta das 17 horas. Só deixou entrar a filha. Disse-lhe afinal o que é que tem a sua mãe?????????????? Feita de parva a filha lá relatou tudo o que se tinha passado. Depois de ouvi-la pergunta-lhe: ouça lá não quer ter a sua mãe em casa??????????????? Atónita a filha que adora a mãe e que tem cuidados desvelados com ela, pede para ir chamar o marido para falar com a médica porque não quer ser desagradável perante a pergunta da médica. Vem o genro, pessoa calma, que ouve pura e simplesmente dizer que não levem mais a senhora para o hospital deixem-na ter febre, dêem-lhe o comprimido para a febre e não façam mais nada, já muito durou ela, NÃO HÁ NADA A FAZER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! o QUE ME DIZEM A UMA COISA DESTAS????????????????????????????????????????

    ResponderEliminar
  12. Estou CHOCADO COM O QUE ACABEI DE LER ACIMA!!!!!!!!
    Isto e um escândalo, uma vergonha,um CRIME!!!!
    Essa medica que disse isso aos familiares devia ser BANIDA do hospital!!!! Esta mulher nao tem condi para exercer a medicina! Entao a filha ve a mae doente a arder em febre a vomitar e com dificuldades respiratorias e NAO A LEVA MAIS AO HOSPITAL diz esta medica!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    ResponderEliminar
  13. Com então o Administrador do Hospital não responde aos seus utentes... Bonito exemplo para quem ocupa o posto que tem. Como é que o resto há-de andar bem? Impossível. Os enfermeiros e médicas do SO, salvo algumas honrosas excepções deviam ser recicladas e ter aulas de humanismo e solidariedade. Não se concebe certas frases e atitudes que têm o desplante de responder às pessoas.
    Qualquer dia arriscam-se a que aquilo corra mal...

    ResponderEliminar
  14. Quem havia de andar pelo SNS, nos Hospitais e Centros de Saúde deviam ser os políticos, os ministros o Presidente da República, os Deputados as suas mulheres/maridos e os seus filhos, essa corja toda é que havia de sentir na pele aquilo que a gente sente no IPO, no Hospital e nos C.S.... e depois viam aquilo que é bom para a tosse...... Só que essa gentalha vai para os tratamentos VIP, a eles a crise e a desgraça não bate à porta como nos bate a nós que somos números, estatísticas, coisas que podem ou não ser tratadas porque a incúria impera.....

    ResponderEliminar