sábado, 24 de março de 2012

DOENTES, MÉDICOS E HOSPITAIS...







Os doentes são pessoas altamente fragilizadas, pessoas em sofrimento, com as suas forças abaladas, bem como atingidas na sua auto-estima e com tendências depressivas.
Carecem de tratamento, de compreensão, de profissionalismo e de humanismo na relação médico/doente.

Os seus familiares não apresentarão um quadro muito distinto, só não estão doentes fisicamente, mas estão doentes na alma, nos sentimentos, preocupados, receosos, sensibilizados, nervosos e, também eles,  à beira da depressão.
Quem tem filhos ou cônjuges, pais ou outros parentes doentes, principalmente os três graus de parentesco enunciados, anda certamente com os sintomas já apontados.

Os médicos estudaram para salvar vidas. São o rosto visível da ligação médico/doente/familiares. Acontece que por vezes estes médicos/médicas estão pouco vocacionados para o desempenho que devem ter, na ligação entre doentes e familiares.
Ou porque andam saturados, ou porque acham que ganham mal, ou porque têm (segundo eles) uma carga horária apertada, ou porque estão desmotivados, ou porque têm falta de meios à sua disposição, ou porque são poucos para acudir a tanto doente, ou porque não possuem o humanismo e a  pedagogia  que é requerida, ou porque, ou porque...

Quem não tem culpa nenhuma destas situações é o DOENTE e/ou os  seus familiares mais diretos...  

O doente entra no hospital, fica em observação e os familiares que ali acorrem, com preocupação, para saber notícias dos seus doentes, se têm sorte encontram um médico muito simpático, que lhes explica com calma e profissionalismo o que se passa com o seu familiar. Se não têm sorte nenhuma aparece-lhes pela frente um médico/médica, de nariz empinado, do alto da sua cátedra, que debita umas explicações técnicas curtas e grossas, eivadas de enfado e arrogância que, eventualmente, poderão acarretar problemas porque nem todas as pessoas estão na disposição de serem mal informadas e levarem com soberbia/sobranceria para casa e ainda desinformação àcerca do seu parente. Acresce que nos Serviços SO, hoje é um médico, amanhã é outro,  e cada um dá uma versão diferente ou seja, opina de modo diferente sobre os mesmos dados que possui...

O médico é uma profissão como outra qualquer. A unica permissa é que lida com o bem mais precioso que o ser humano almeja... passar de doente a saudável!!!

Será lícito estes profissionais atuarem como muitas vezes atuam??? Será expectável que um doente e seus familiares não tenham direito ao melhor tratamento e às melhores informações??? O Hospital que eu melhor  conheço é o da Figueira da Foz, encaixando-se totalmente no perfil do que aqui preconizo.

Há muito a mudar entre DOENTES, MÉDICOS E HOSPITAIS...

8 comentários:

  1. Caro(a)
    Está descrito na literatura e é um mal que atinge a maioria dos médicos, nem todos, valha-nos Deus. Grande parte dos médicos sofre da chamada Síndrome (ou Complexo) de Deus. “Acreditam-se seres superiores, dotados de superpoderes, da capacidade singular de curar. Têm a presunção de litigar pela vida ou pela morte. …Por fim, que os médicos, à luz dos ensinamentos de Hipócrates, tido como o “Pai da Medicina”, descubram, a despeito de tudo e com a máxima urgência, que não são deuses, mas sim, como cada um de nós, partes de Deus, ungidos com a competência de identificar, localizar, interpretar e ministrar o tratamento que poderá levar à cura. São meros instrumentos de Deus inexistindo espaço para prepotência ou arrogância. Apenas para compaixão”

    Fonte: Síndrome de Deus | Portal Carreira & Sucesso

    ResponderEliminar
  2. Há dias estando a fazer soro nos corredores do hospital, ouvia esta conversa sinistra da parte de uma enfermeira de serviço e em alta voz: Os doentes hoje estão todos a dar ordens, não têm educação nenhuma, qualquer dia trazem um pau paras as consultas... Ao que se referia: A um doente que já tinha acabado o soro há tempo e rogava para que lhe tirassem a horrorosa agulhona que tinha espetada... Outra com uma cólica renal gemia de dores e pedia para a mudarem de posição... outra ainda passou a vida a pedir um copo de água... Dá que pensar... Era melhor ir limpar sanitas, com o devido respeito para quem o faz...

    ResponderEliminar
  3. Já eu quis informações sobre um familiar doente em observação há vários dias. Cada dia é um médico diferente. Cada dia tenho uma opinião diferente. No ultimo dia deparei-me com uma médica que me deixou literalmente os cabelos em pé. Monocórdica, entre o zangada e o enfadada lá foi debitando uma cantilena que não condizia com o que até ali tinha ouvido. Disse-lhe que decididamente não me entendia com ela. Resposta: Uma carta do hospital dizendo que tratei mal a Sra. Doutoura!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Isto só neste cantinho é que se vê........

    ResponderEliminar
  4. Mas DEUS é misericordioso!!! Não é arrogante, não é frio e desumano.

    ResponderEliminar
  5. «Espero que ninguém me agrida, mas eu tenho que desabafar». O aviso partiu do carismático autarca das Caldas da Rainha, Fernando Costa, no momento mais aplaudido, mas também mais crítico do Congresso do PSD. O motivo: a extinção de freguesias.
    Segundo o autarca, poupa-se mais dinheiro com a agregação de dois municípios, «cerca de 500 milhões de euros», do que a mexer em freguesias.

    Costa, que desobedeceu às regras de contenção, avisou ainda que os presidentes das juntas de freguesias «não são os inimigos» e que, para fazer uma reforma administrativa, é preciso o apoio do PS.

    Na sexta-feira, dia de arranque do Congresso, o ministro Miguel Relvas jantou com Fernando Ruas e um conjunto de autarcas para tentar acalmar os ânimos. Mesmo assim, fizeram-se ouvir vozes mais críticas do presidente dos Autarcas Sociais Democratas, Pedro Oliveira Pinto, e do presidente da Associação Nacional de Freguesias, Armando Vieira. Este considerou mesmo «ilegítimo» o corte de 1400 freguesias, lembrando que o total destas estruturas representam a«apenas 0,0985» do Orçamento do Estado para 2012.

    Já Oliveira Pinto pediu ao Governo «flexibilidade» na aplicação da nova lei da reorganização administrativa, «abertura» na lei dos Compromissos e garantiu que o actual QREN «é o mais burocrático da história». «É impossível cumprir esta mecânica», assegurou.

    Mesmo assim, o ministro-adjunto, Miguel Relvas, responsável pela área do poder local, não subiu ao palco para discursar ao longo de sexta-feira e sábado. Já perto da meia-noite de sábado, o secretário de Estado da Administração Local, Paulo Júlio, limitou-se a classificar de «patriótica» a reforma administrativa.

    Logo na sua primeira intervenção no Congresso, Passos tinha avisado: «Estão todos de olhos em nós. Temos que ter muito cuidado na forma como comunicamos».

    ResponderEliminar
  6. Estando doente numa maca no corredor há uma semana, também vi chegar uma senhora e um idoso. Ambos chamados na mesma altura. Meti conversa e vim a saber que era para fazerem soro já que o idoso tinha estado internado naquele hospital e tinha levado para casa um virus em forma de diarreia constante que o estava a enfraquecer a olhos vistos em cima de uma pneumonia que tinha tido. Como foi viver para casa da filha pegou à filha que andava na mesma situação. Então veio uma enfermeira passado um pedaço, pôs a filha a soro e apesar da filha repetidamente dizer que estavam juntos, desapareceu do recinto de um voltou passada bem uma hora a disfarçar a perguntar: então não puseram o soro a este senhor????? e só depois é que foi pôr o sôro ao pai da senhora, que estava muito incomodada com a situação. Isto admite-se ???

    ResponderEliminar
  7. Os doentes que estão na medicina, normalmente, durante a semana estão mais ou menos bem, mais ou menos assistidos, mais ou menos estabilizados. Chega o fim de semana, os médicos vão de fim de semana, e os que existem estão nas urgências e não chegam para as encomendas. É assim que fui encontrar um doente razoavelmente bem durante a semana e que na segunda feira vou visitar e cujo quadro sofre um agravamento inimaginável. E tudo porque estão metidas nos gabinetes (enfermeiras), são chamadas, empurram umas para as outras e na 2ª feira logo se vê porque já estão de volta as médicas...
    É esta a nossa realidade brutal, a indiferença e a falta de respeito para com a vida humana.
    Isto é vergonhoso. Morre muita gente (especialmente velhinhos) que se fossem cuidados como devia ser ainda sobreviriam mais uns anos. É uma vergonha é uma afronta. É asqueroso... Nunca p0or nunca ser deveria morrer alguém por incúria. Isso é CRIME!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    ResponderEliminar
  8. Quem é que já não passou uma situação caricata, perigosa dentro do hospital? São tantos os relatos, são tantas as mortes por incúria, que levava muito tempo aqui a contar. Como por exemplo o caso de uma senhora de setenta e poucos anos, que com uma pneumonia foi às urgências do Hospital, disseram-lhe que tinha uma forte gripe. Medicaram-na para a gripe e mandaram-na para casa, onde vivia sózinha. No outro dia a sobrinha foi encontrá-la morta sentada numa cadeira. Deve ter sofrido de falta de ar pelo ataque forte da pneumonia e ali morreu sozinha, por negligência, por falta de ética e profissionalismo.
    Morava em Brenha e chamava-se Maria...

    ResponderEliminar